sexta-feira, 10 de agosto de 2007

A HISTÓRIA CONTINUA - VERKOVENSKI E CHATOV NO SÉCULO XXI




A História não acabou. Fukuyama no futuro será lembrado como um personagem tão tolo quanto o Primeiro Ministro inglês Chamberlain que, às vésperas da 2ª. Guerra Mundial, garantia que Hitler não era uma ameaça, ou quanto à primeira-dama de província Julia Mihailovna que acreditava poder conter a fúria dos demônios.

Não, Nechaiev/Verkovenski ainda deixa herdeiros no século XXI. Sua herança é mantida pela velha KGB, hoje FSB, que domina politicamente a Rússia “democrática”. O principal herdeiro nestes tempos é o presidente Vladimir Putin, um terrorista de Estado.

O século XXI também tem os seus demônios arrependidos, os seus Chatovs. No final do último ano mais um foi sacrificado. Trata-se do ex-espião russo Vladimir Litvinenko. Tal como Chatov tinha desertado de uma organização e sabia demais. Litvinenko vivia na Inglaterra e estava investigando a morte da jornalista russa Ana Politikovskaya, inimiga do regime de Putin. A jornalista teria sido morta porque investigava denúncias de que o presidente russo seria o verdadeiro autor por trás de atentados imputados à terroristas chechenos. Estes atentados, ocorridos em 1999 na Rússia, seriam usados como pretexto para desencadear a segunda guerra de Chechênia e aumentar o poder de Putin (veja um resumo da História em http://www.midiasemmascara.org/artigo.php?sid=5967&language=pt).

Litvinenko, segundo as investigações das autoridades britânicas, foi envenenado com polônio-210. Não morreu imediatamente, mas definhou rápido em 22 dias, vindo a falecer em 23 de novembro de 2007. Teve tempo suficiente para deixar claro que considerava Vekovenski/Putin o seu assassino. Parecia não ter dúvidas quanto a isto. Dirigindo-se ao presidente russo escreveu em uma carta:

“Você pode ter êxito em me silenciar-me, mas esse silêncio vem com um preço.”

Em maio do presente ano, promotores britânicos ofereceram denúncia contra Lugovoi, agente russo que jantou com Litvinenko pouco antes de ele ser internado. Chatov foi sacrificado novamente. Verkovenski continua a tramar nas trevas os seus planos macabros. Recentemente retirou sua adesão ao Tratado de Armas Convencionais da Europa.

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