“Um erudito milionário, que vestia-se qual Pontes de Miranda
todos os dias para escrever de pé como Mangabeira Unger, certa feita sonhou que o visitante das trevas que
apareceu a Ivan Karamazov lhe visitava, elegantemente vestido à moda de 1830, e
com aquele sorrisinho do Hannibal o provocou:
‘dia a dia seu camelo de erudição e riqueza engorda. Como passará pelo buraco
da agulha?’ Após ouvir isto, lançou sobe o intruso uma taça cheia até a
metade de Romaneé-Conti e a visão medonha
desapareceu. A partir do dia seguinte, passou a dedicar-se a compor um estudo
sobre a absoluta impossibilidade da origem sobrenatural dos sonhos.” (Paulo Coelho. Trecho de “Relatos de
Belzebu a Raul Seixas”, opus magna
ainda inédita)”
domingo, 3 de março de 2013
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